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27 Sep 2018
Importância do estadiamento oncológico

Após o diagnóstico do câncer, rotineiramente o próximo passo do clínico geral é iniciar o tratamento do paciente, entretanto antes desta etapa, é indispensável fazer o estadiamento oncológico, para que ocorra a escolha da melhor modalidade de tratamento para a neoplasia em questão. O tratamento pode consistir em cirurgia radical, cirurgia citorredutora, crioterapia, eletroquimioterapia, quimioterapia antineoplásica e radioterapia e essas modalidades de tratamento podem ser utilizadas de maneira individual ou complementar.

O estadiamento consiste no diagnóstico e avaliação de cada neoplasia, onde são avaliados achados clínicos e selecionados exames complementares para a classificação da extensão e disseminação tumoral no corpo do animal.

O conhecimento específico de cada neoplasia se faz necessário para saber os locais de predileção para a sua disseminação, pois a principio tumores com a mesma classificação histopatológica e a mesma extensão apresentem evolução clínica, resposta terapêutica e prognóstico semelhantes.

Como o câncer é uma doença de alta complexidade, é necessário a existência de um sistema unificado de estadiamento, para que haja um padrão universal entre oncologistas, deste modo o sistema utilizado é o proposto pela União Internacional Contra o Câncer (UICC), este é baseado no critério TNM de Classificação de Tumores Malignos, onde T representa o tamanho e características do tumor primário aliado ao grau de invasão de órgãos ou tecidos vizinhos, o N ao comprometimento de gânglios linfáticos (glândulas do sistema linfático, cujo comprometimento numérico crescente traduz piora na probabilidade de cura) e M a ausência o presença de metástases a distância (comprometendo órgãos localizados a distância do tumor primário).

Exames de imagem são essenciais para auxiliar no estadiamento e os mais utilizados são o Raio-X, Ultrassonografia, Tomografia Computadorizada e Ressonância magnética. Existem ainda outros exames mais complexos e específicos que também podem ser utilizados. Citologia aspirativa de medula óssea pode ser empregada principalmente em neoplasias que tendem a infiltrar nestes locais, onde o citopatologista irá analisar a celularidade a procura destas células neoplásicas infiltradas.

Autor: M.V. Vinicius Wischneski